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Pe. Laurindo: “Jesus está constantemente a olhar por nós”.

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Na Sexta-feira Santa os cristãos revivem a Paixão do Senhor. Na Paróquia Sagrada Família aconteceu atendimento de confissões pela manhã. Às 15h, a Solene Ação Litúrgica aconteceu nas Comunidades São Cristóvão, Santo Antônio e também na Matriz. O pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf presidiu esta celebração.

Em silêncio iniciou-se a Ação Litúrgica. O padre, ministros da eucaristia, leitores, coroinhas e acólitos se ajoelharam por alguns instantes diante do crucifixo. Em seguida, foram proclamadas as leituras, o salmo e o Evangelho da Paixão de Cristo segundo São João.

Pe. Laurindo assim refletiu:

“Celebramos hoje a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo dia do Tríduo Pascal, que ontem celebrávamos o primeiro dia. Falar do Tríduo Pascal é falar desta celebração da Paixão, da Morte. Mas não só essa realidade. Mas, esta Paixão, esta Morte, que culmina na vitória, na vida, na ressurreição de Jesus. Então o próprio nome a esta celebração já nos provoca. Falar da Paixão do Senhor nos recorda fazer memória do sofrimento, das dores de Jesus. Nos reportar sempre para a nossa vida hoje a cruz de Jesus. Quando olhamos para a cruz de Jesus, como cristãos, como católicos, nos pegamos a pensar, que por trás da cruz que recordamos, da cruz de Cristo que nós recordamos, há uma linda e profunda história. A história de Deus com seu povo. De um Deus que quis se fazer um de nós. De um Deus que quis vir ao nosso encontro. Revelar a sua grandeza, na contramão daquilo que o mundo pregava. E prega até hoje.”

 

“Jesus está a dizer para nós: não somos máquina. Percebemos a necessidade de ser gente. De modo especial, tão recente, nesta pandemia. Quanta necessidade de um abraço, necessidade de olhar nos olhos, necessidade de se estar perto. Quanta necessidade de poder contar com uma mão para nos ajudar, contar com uma palavra para nos animar diante da vida, para nos tirar daquele vazio que estávamos encontrando. São tantas situações que revelam que estamos sedentos de justiça, de afeto, de amor, de verdadeira fraternidade, como filhos e filhas de Deus. Dizer que Jesus está constantemente a olhar por nós, a nos defender, a estar do nosso lado. Ele não nos deixa órfãos de maneira alguma. O evangelho destaca esta entrega para o discípulo. Aquele discípulo que havia seguido Jesus . Jesus sabendo que estava chegando último momento. Ele diz: ‘Eis aqui a tua mãe.’ Lugar que encontrará aconchego, encontrará acolhida, ternura, segurança. Encontrará também verdadeira orientação. Eis a tua mãe. E a mãe que também não perde um filho, mas ganha outros filhos. ‘Este é o teu filho.’ “

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“Assim vamos vivendo. Perdendo e ganhando. Ser de Deus, viver em Deus, ser discípulo é sempre fazer essa experiência. Quando pensamos que estamos perdendo tudo, estamos ganhando tudo. Quando pensamos que estamos ganhando tudo, estamos perdendo. Mas em Deus, tudo nós ganhamos. Aquilo que nos diz a palavra: ‘Quem perde a sua vida por mim, a encontrará.’ Quem quer salvar a sua vida, vai perder. Mas aquele que perde a sua vida por causa de mim, vai encontrar. É neste mistério de nascimento, é neste mistério de passagem, de libertação, que aqui nós estamos celebrando. Fazendo memória, atualizando o mistério da vida de Jesus. O servo sofredor, o servo fiel, obediente a Deus. E nele fazendo memória também dos irmãos nossos hoje que estão morrendo, que estão sofrendo injustamente. Aquilo que não foi detectado: ‘Não encontrei nele crime algum. O que é a verdade?’ Mas o mundo para condenar procura todas as artimanhas, procura todas as formas de condenar os inocentes, como aqui Jesus foi condenado. Um criminoso foi solto e foi condenado um inocente. Lembrar que quantas pessoas inocentes são condenadas, são escravizadas, são juradas de morte por causa do pecado. Por causa de tantas formas de dominação. Nesta celebração, possamos crescer em sensibilidade, crescer em amor, em adesão do nosso coração a Jesus. Aprofundando o verdadeiro significado da morte de cruz de Jesus. Verdadeiro significado em ser cristão. É amar, é servir. É estar no mundo e revelar o rosto de Deus, que Cristo Jesus é pura misericórdia, é caridade, é denúncia também  contra toda a forma de injustiça, de mal, que fragiliza a vida dos filhos e filhas de Deus.”

 

 

Em seguida, rezou-se a Oração Universal, por diversas intenções da Igreja. A comunhão eucarística, consagrada na Quinta-feira Santa, foi distribuída para a assembleia. Pe. Laurindo entrou com a Cruz e a expôs para veneração. A doação dos fiéis neste dia é destinada à Igreja na Terra Santa.

À noite, aconteceu a Via-sacra com a presença também da Paróquia Nossa Senhora das Dores. A Via-sacra percorreu as ruas da cidade de Januária, passando pelo cais do Rio São Francisco até chegar na Catedral. Os adolescentes do EAC e as crianças da IAM e catequese contribuíram para a encenação dos quadros da Paixão de Cristo.

 

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Rosiane Barbosa / PasCom Sagrada Família