Pe. Laurindo: “Só um coração grandioso é capaz de amar, de acolher e de rezar pelos inimigos”!

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Pe. Laurindo: “Só um coração grandioso é capaz de amar, de acolher e de rezar pelos inimigos”!

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Na noite de 19 de fevereiro, aconteceu na Matriz Sagrada Família, a Santa Missa do Sétimo Domingo do Tempo Comum. Os adolescentes do EAC participaram da procissão de entrada. O pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf presidiu a Santa Missa.

Pe. Laurindo acolheu a todos os presentes, paroquianos e pessoas que visitam a cidade de Januária por ocasião do carnaval.

Em sua homilia, Pe. Laurindo assim refletiu:

“Nestes dias, neste mês de fevereiro, e no final do mês de janeiro, nós temos refletido todos os textos do evangelho na liturgia da Palavra, neste contexto das bem-aventuranças. Para que a gente possa compreender todos os evangelhos subsequentes dos últimos domingos, é sempre necessário a gente ter em mente o sermão da montanha, ou as bem-aventuranças, que é o cerne do projeto de Deus, do programa que Jesus quer que a sua comunidade, que os seus discípulos vivam.”

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Hoje nós escutamos no evangelho, Jesus ensinando aos seus discípulos. É uma mensagem para os discípulos como eles devem se comportar, lidar com as realidades do mundo, a vivência no dia a dia. É que Jesus recorda aquilo que se vivia para colocar algo maior. É interessante, Jesus diz: ‘Ouvis o que foi dito.’ Jesus recorda a lei de Moisés, que era funcional na época. Olho por olho, dente por dente, a lei de talião. Esta lei, para aquela comunidade, já era um sinal de crescimento, de evolução. Já era uma forma de se fazer justiça. Porque antes não era assim. As relações eram desproporcionais. Se alguém pisasse no seu pé, você recebia como justiça, por aquele pequeno ato que você fez, até a morte. A própria comunidade foi percebendo que as coisas não poderiam ser assim. Aí se chegou nesta lei de talião. Você não pode dar ao outro mais do que aquilo que você recebeu. Se alguém te dar um tapa de um lado, você não pode chegar lá, e bater dos dois lados. Pode bater de um lado. Mas nesta mentalidade, não é ainda aquilo que nós podemos dizer que seja da vontade de Deus. São formas de fazer justiça, mas tendo como pano de fundo a violência, tendo como pano de fundo a força, o ódio, o mal. De qualquer forma, Jesus está aqui a criticar e a mostrar para a comunidade dos discípulos, quer dizer, a mostrar para nós hoje, que entre nós as nossas ações, as nossas atitudes, não podem ser ações pautadas pela violência, pela força, pelo sentimento de vingança, e sim, tendo como base, o amor e a misericórdia de Deus.”

 

“Jesus está dizendo para nós. O nosso próximo, para além da nossa família, para além daqueles que participa do mesmo grupo que nós, o nosso próximo também são as pessoas que nós temos ou consideramos como inimigos. Amai os vossos inimigos. E a expansão do nosso olhar; mais aqui, a expansão do nosso coração. Porque só um coração grandioso é capaz de amar, de acolher e de rezar pelos inimigos, de amar os inimigos e rezar por aqueles que nos perseguem. É o diferencial de cada cristão. Na primeira leitura, que diz: ‘Amai o próximo como a ti mesmo.’, Jesus está nos ensinando amar o próximo não como nós mesmos às vezes amamos de forma tão deturpada, limitada, excludente. Às vezes que provoca divisão, intriga; mas Jesus nos convida a amar como Deus nos ama.”

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“Amar como Deus nos ama é aquilo que o evangelho termina dizendo para nós. ‘Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.’ Para que não haja essa má compreensão do que é viver a santidade, ser santo. Jesus está dizendo para nós. Ser santo é ser perfeito, como Deus é perfeito. Ser santos ou ser perfeito é viver a perfeição no amor. No amor que não paga o mal com o mal, mas paga o amor com o amor. E aí, para nós, discípulos e discípulas de Jesus, qual vai ser a nossa recompensa? É o amor. Às vezes queremos ser recompensados  de tantas outras coisas, mas a recompensa maior que podemos ter é o amor. É amando que seremos amados, como diz a música de São Francisco de Assis. É trabalhando que nós seremos fortalecidos. É participando da vida, da missão de Jesus, que o reino de Deus vai se realizando. Que a felicidade vai brotando em nosso coração, mas vai brotando também na vida das pessoas à nossa volta.”

 

Ao fim da celebração, avisou-se que não acontecerá a Santa Missa na terça-feira, dia 21 de fevereiro, na Matriz. Já a missa de Quarta-feira de Cinzas acontecerá às 19h na Matriz e na Comunidade São Paulo. Vamos viver bem este tempo quaresmal que se aproxima.

 

Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.

 

Texto: Alisson Faria / Pascom Sagrada Família

Fotos: Rosiane Barbosa / Pascom Sagrada Família