Pe. Laurindo: “Nós devemos buscar Jesus porque o amamos.”

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Pe. Laurindo: “Nós devemos buscar Jesus porque o amamos.”

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No domingo, 27 de junho, a Igreja celebrou o 13º Domingo do Tempo Comum. Na Matriz Sagrada Família, às 19h, a Santa Missa foi presidida pelo nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf.  O presbítero acolheu a todos os presentes na assembleia, bem como os que participaram de casa através da transmissão pelo canal do Youtube da paróquia.

Em sua homilia, Padre Laurindo assim refletiu:

“A pergunta que poderíamos fazer a partir daquilo que escutamos. Por que estamos aqui? Por que viemos hoje à Igreja? O que nos fez sair de casa para estarmos aqui? Perguntar sempre a razão daquilo que nós fazemos é importante. Porque a resposta que encontramos para nós pode ser a resposta que daremos aqueles que querem se aproximar da Igreja. Estamos aqui por que nós acreditamos que Deus é um Deus da vida, não é deus da morte. Na Primeira Leitura, do Livro da Sabedoria, nos diz: ‘Deus não fez a morte nem tem prazer com a destruição dos vivos.’ O Salmo nos diz: ‘Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte.’ A Liturgia ressalta para nós esse Deus que nos ampara, esse Deus que nos revela seu amor para conosco. Se a morte existe entre nós, não é a vontade de Deus. Vai falar a Leitura, que é ‘por inveja do diabo que a morte entrou no mundo.’ Ele quer impedir nossa felicidade. Falando da inveja, é a pessoa que não consegue ficar feliz com a felicidade do outro.”

“No evangelho, Jesus vai nos mostrar como Deus cura, salva e liberta. O evangelho nos fala que Jesus atravessava de novo, numa barca, para outra margem, ou seja, Ele ia de acordo com a necessidade, anunciando, pregando e revelando a palavra e a vontade do próprio Deus. E neste ir, quem é que procura Jesus? Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga. A atitude de Jairo, de pedir insistentemente a Jesus, que interceda pela vida da sua filha, é de alguém que acredita em Jesus. Quando chega até Jesus, ajoelha e pede: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’. Ele acredita na força, no poder libertador e curador de Jesus. O segundo milagre que Jesus realiza, fala de uma mulher que se encontrava com hemorragia já fazia 12 anos. Podemos compreender esta hemorragia como estruturas, forças que tiram a vitalidade, a esperança, a dignidade e a liberdade daquela pessoa. Achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com uma hemorragia; tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais’. Se nós queremos, de fato, o médico dos médicos para nossa vida, devemos ter fé em Jesus e a fé daquela mulher foi o que a curou da sua hemorragia, da sua enfermidade. Jesus cura, mas a fé daquela mulher, quando ela tocou em Jesus, ela sentiu que poderia confiar e mesmo temendo, colocou-se de joelho diante d’Ele e contou tudo que havia feito. Então Jesus diz: ‘A tua fé te curou. Vai em paz.’ O evangelho nos traz duas figuras femininas, uma menina de 12 anos para falar que a presença de Jesus marca um novo nascimento, novo surgimento de uma nova fase, de uma nova etapa na vida das pessoas, marcada pelo amor e, por outro lado, essa mulher hemorrágica, uma mulher anônima, que para nós é muito importante, pois  o mesmo Deus que acolhe o rico acolhe o pobre, que acolhe criança acolhe o idoso, que acolhe o homem e acolhe também a mulher, é o Deus que não faz distinção de ninguém, que ama sem medida.”

“Jesus finaliza recomendando  com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina. Jesus não manda as pessoas fazerem propaganda dos milagres que ele realizava, por quê? Naquele contexto da multiplicação dos pães, Jesus fazia críticas às pessoas que queriam segui-lo. Jesus disse: ‘Vocês estão atrás de mim só para ficar com a barriga cheia, vocês não entenderam meus gestos,  o que eu quis transmitir, não conseguiram perceber o céu que eu quis revelar, aquilo que eu sou, o Filho de Deus’. Nós vamos atrás de Jesus porque acreditamos, e não para procurar o milagre. Deus sabe o que faz, Deus quer a nossa vida, mas nós devemos buscar Jesus porque o amamos, o reconhecemos que ele é Deus, o Filho enviado pelo Pai para nos salvar. O que você não pode é segurar para si aquilo que Deus te deu, seja os seus bens materiais, seja os seus dons espirituais, sempre tem alguém que está precisando, se você pode ajudar, porque não ajudar? Então que nós possamos, alimentados por esta palavra que escutamos, ter consciência, professar sempre esta nossa fé num Deus que é vida, que é serviço, compaixão, que salva e num Deus que quer que cada vez mais, nós tenhamos  fé, e que esta fé garanta que nós possamos entregar o nosso coração, doar o nosso coração, para que o outro também seja feliz.”

 

Ao fim da Santa Missa, Padre Laurindo lembrou do Programa No Lar de Nazaré que foi ao ar na segunda-feira, dia 28 de junho, bem como do 1º Leilão Virtual da Paróquia, que acontecerá no sábado, dia 03 de julho. Os interessados em participar do Leilão Virtual podem procurar a Secretaria Paroquial ou as coordenações das pastorais e movimentos.

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Texto e Foto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Transcrição: Ana Carolina / PasCom Sagrada Família