Padre Laurindo Aguiar, msf presidiu no domingo, vinte e nove de janeiro, na Matriz Sagrada Família, a Santa Missa das 19 horas, em que celebramos o 4º Domingo do Tempo Comum.
Reflitamos acerca da sua homilia:
“A liturgia desta noite, de modo especial o Evangelho, traz as bem-aventuranças e nos fala do modo como podemos entrar no reino de Deus ou alcançar o reino de Deus. Jesus vem para nos oferecer as bem-aventuranças como caminho central pelo qual nós podemos alcançar a salvação e assim usufruir de todos os tesouros que Deus tem para nos oferecer.”
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“Recordando a primeira bem-aventurança que é colocada para nós. Nos fala sobre felizes, bem aventurados os pobres em espírito. Essa questão da pobreza, da humildade, da simplicidade como que permeia toda a liturgia da palavra. Aquilo que vamos perceber também na primeira leitura ‘deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres’. O Salmo é praticamente uma resposta daquilo que o Evangelho diz: ‘felizes os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus’. A segunda leitura não traz para nós necessariamente a palavra pobre, mas traz a palavra fraco. E finaliza: ‘quem se gloria, gloria-se no Senhor’.”
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“No Evangelho gostaria de destacar três movimentos antes da primeira bem-aventurança aqui colocada. O primeiro movimento que Jesus faz é o movimento orante. Subiu ao monte. E sempre quando alguém subia ao monte era sinal de que subia para orar, para estar mais perto de Deus, para poder compreender melhor a comunicação da vontade de Deus. O segundo movimento é o de sentar. Sentar é atitude própria daquele que se coloca como mestre para ensinar, orientar para pregar o caminho e o reinado de Deus. Falar de sentar recordo que Jesus sempre foi reconhecido como alguém que ensinava como quem tem autoridade. De fato, não como os mestres da lei, mas como alguém que tem autoridade. É dizer, como alguém que tem verdadeiro interesse por ver nos seus discípulos, a libertação, a cura, o crescimento de cada pessoa.”
“Jesus coloca: ‘bem-aventurados os pobres de espírito’. Muitas vezes nós confundimos pobres em espírito com pobres de espírito. E falar em pobreza dessa bem-aventurança é uma oportunidade de lembrar da pobreza existente no mundo. O que é uma pessoa pobre para nós? Muitas vezes falamos que uma pessoa pobre é aquela que tem poucos recursos. Ou uma pessoa que não tem emprego, não tem dinheiro. Podemos também usar no campo da saúde, uma pessoa que está com a saúde limitada. Dizer isso é ao mesmo tempo dizer nessa bem-aventurança o que Jesus está colocando em contraposição a autossuficiência do ser humano. Às vezes, pensamos que a nossa força, nossa felicidade, se encontra no poder, nas coisas desse mundo, mas vamos percebendo que toda essa realidade nos convida a reconhecer que não somos autossuficientes somos limitados e por frágeis que somos, sujeitos a adoecer, a cair devemos nos comportar, não como donos da verdade, mas como pessoas abertas a acolher o chamado, a viver como vocacionados do Senhor, deixar que Deus seja o condutor da nossa vida.”
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“Vamos pedir a Deus que nos conceda a graça de superar a nossa autossuficiência, a nossa prepotência, a nossa insensibilidade para com aqueles que mais precisam. Peçamos a Deus que possamos viver essa pobreza em espírito para oferecer a nossa vida aos nossos irmãos e, assim compreendendo, possamos ser instrumentos a instaurar o reino de Deus aonde quer que estejamos.”
Você pode conferir a íntegra da homilia acessando ao link do YouTube acima.
Antes da bênção final Pe. Laurindo agradeceu “a Deus por mais essa oportunidade de celebrar este mistério de amor que é a Santa Eucaristia e, assim também, nos encontrar e viver essa fraternidade.”
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Texto: Juciane Francisca / Pascom Sagrada Família
Fotos: Rosiane Barbosa / Pascom Sagrada Família