Pe. Laurindo: “Deus está sempre querendo que nós o acolhamos”.

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Pe. Laurindo: “Deus está sempre querendo que nós o acolhamos”.

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No dia 02 de novembro, a Igreja celebra o dia de Todos os Fiéis Defuntos. Em nossa paróquia, aconteceram quatro celebrações. Às 9h, na Com. Imaculada Conceição (Marreca); às 19h, na Matriz e na capela Santo Antônio e às 17h, no Cemitério Municipal.

A Santa Missa no cemitério foi presidida pelo nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf e contou com a participação de dezenas de fiéis, todos observando as medidas de prevenção a pandemia de Covid-19.

Em sua homilia, assim refletiu:

“Queridos irmãos e irmãs, devotos não da morte, mas amantes da vida. Falar que somos amantes da vida, é dizer que amamos a Deus. Porque Deus é vida. Deus é amor. Deus é verdade infinita. A palavra que hoje escutamos neste dia que rezamos pelos fiéis defuntos, pelos nossos entes queridos, celebra uma das marcas de nossa profissão de fé. Nós rezamos no nosso Credo: ‘Eu creio na ressurreição dos mortos’. E também, na nossa profissão de fé, afirmamos assim: ‘Eu creio na vida eterna.’ São duas marcas importantes a se considerar nesta celebração. O povo do Antigo Testamento, já no Livro do Profeta Isaías, vivia essa confiança, essa esperança na superação da morte. Mas, o povo que confiava em Deus, esperava que Deus ali, ia fazer nascer um banquete de ricas iguarias, isso é, ia fazer nascer vida nova, vida abundante, vida plena para o povo. E para tanto, Deus iria acabar com tudo que ligava todos os povos, todas as nações: a crença de quem alguém morreu, acabou. Aqui o Profeta Isaías já nos vem falar que o Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra de seu povo em toda a terra. Deus virá para fazer justiça. Deus virá para acabar com todas as situações de morte. No fundo, devemos compreender assim: diante da vida marcada por tantas carências, pela ausência de vida, pela tristeza, Deus virá ao nosso encontro, para fazer jus aquilo que Ele é, um amor,  uma vida que ele quer para todos. Não só para um grupo, mas para todas as nações.”

“Nesta esperança que Deus vem para caminhar, Deus vem para eliminar as situações de morte, que nós devemos cultivar a esperança, devemos nos alegrar como disse a própria leitura. ‘Vamos nos alegrar e exultar’ por nos ter salvo. O salmo nos diz: ‘O Senhor é minha luz e salvação’. O evangelho muito bem nos ajuda a compreender que Deus enviou seu Filho amado ao mundo para nos salvar. Para que todos aqueles que creem no Filho, não morra. Para que todos aqueles que forem ao seu encontro, Ele ressuscitará no último dia. Jesus está dizendo: ‘Meu Pai me enviou para manifestar a sua misericórdia’. Padre, mas até quando teremos a chance de experimentar a misericórdia de Deus? Este último dia para nós pode ser o último momento da nossa vida terrena, o último suspiro. Deus não marca quando irá manifestar. Está sempre querendo que nós o acolhamos, que acolhamos o seu Filho, que acolhamos a vida nova que Ele tem para nos dar. Mas, diante das situações de pecado, de queda, de afastamento, de vivência da não vida, da não verdade, da não justiça, Deus está dizendo para nós, oferecendo através do Filho, a salvação; através do Filho, a luz para todos nós. Eu ressuscitarei no último dia, no último momento. Aquela pessoa que resiste ao amor de Deus, aquela pessoa que coloca barreiras, coloca muros para que Deus não chega até ela; mas até o último momento, ela tem a oportunidade de se arrepender e crer no poder do amor salvífico do Senhor e sua misericórdia.”

“A fé, este dom que nos faz amar, congregar, repartir, daquilo que não que vejo, mas que sinto, usufrui dos seus efeitos. Esta fé que nos faz amar, que nos faz caminhar, me faz estar aqui, reunidos, escutando a Palavra de Deus, nesta viva esperança que Deus é por nós e que Deus tem um plano, tem um lugar para cada um de nós. Dia primeiro, a Igreja celebra todos os santos, a comunhão dos Santos. Mas, aqui no Brasil, celebra no domingo. No próximo domingo celebraremos a Festa de Todos os Santos. Daqueles que souberam amar, se entregar a Deus, e já vivendo o céu, a glória celeste, aqui na terra. Amados irmãos e irmãs, que esta santa liturgia nos ajude a reconhecer-nos como pequenos, como necessitados de conversão, como pessoas convidadas a amar e a construir o reino de Deus já aqui nos caminhos da história.”

 

Ao fim da Santa Missa, Pe. Laurindo rezou uma Ave-Maria junto com a assembleia, na intenção de todos os entes queridos que já faleceram, especialmente os que nos deixaram neste tempo da pandemia.

 

Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.

 

Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Ana Carolina / PasCom Sagrada Família