Pe. Herbert: “A gente precisa do coração para sentir a presença, o amor, o carinho das pessoas”.

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Pe. Herbert: “A gente precisa do coração para sentir a presença, o amor, o carinho das pessoas”.

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Às 19h do sábado, 18 de março de 2023,  na Matriz Sagrada Família, aconteceu a Santa Missa do Quarto Domingo da Quaresma. Esta celebração ocorreu dentro do Encontro de Formação e Espiritualidade para as Lideranças da Paróquia Sagrada Família. Pe. Herbert, msf presidiu a Missa, que foi concelebrada pelo Pe. Laurindo Aguiar, msf.

Pe. Herbert acolheu a todos os presentes. Em sua homilia, assim refletiu:

“Ouvindo falar dos acontecimentos, como no Evangelho de hoje, sucumbimos facilmente à tentação de dizer: ‘Está muito bonito, mas Jesus não anda mais no meio de nós.’ E por isso não acontece mais milagres como este. Tenho minhas dúvidas que isso seja verdade. Talvez não perguntamos, nem procuramos suficientemente por tais sinais. Uma outra pergunta é bastante atual. Trata-se da pergunta dos discípulos. ‘Mestre, quem foi que pecou? Foi ele ou seus pais?’ Nós também perguntamos assim quando não conseguimos entender o acontecimento triste: a doença, o acidente ou qualquer outra infelicidade. Quem é o culpado disso? A mesma pessoa envolvida ou outros? Ou herdou isso dos seus pais ou da família dele? Nós pensamos, alguém ou alguma coisa deve ser culpado. E se não encontramos nada, ninguém responsável, a quem poderíamos culpar? Então perguntamos por Deus. Como Deus pode permitir isso? Eu acho que está certo perguntar e pensar assim. Contudo,  mesmo assim, tocamos apenas a metade da verdade. A doença, o sofrimento, a infelicidade, isso é apenas a escura metade da vida. E por essa responsabilizamos a Deus. E a outra, o bonito, a saúde, a felicidade, a quem? Jesus diz: ‘Ele é cego para que nele se manifeste as obras de Deus. Nele deve se tornar visível que é Deus que nos dá o bem.’ Deus não é apenas aquele que admite doenças, cegueira, ou infelicidade. Deus é em primeiro lugar, aquele que dá saúde, que dá visão, que dá felicidade.”

“Muitos cegos são pessoas que possuem uma grande sensibilidade para com os outros, pois sabem admirar-se e alegrar-se com a visita que recebem. E o segredo dessas pessoas é só com o coração a gente enxerga bem. A gente não precisa olhar, ver tudo que existe para poder enxergar. Mas a gente precisa do coração para sentir a presença, o amor, o carinho das pessoas, que deixam o tempo passar para poder se dedicar a elas. Um ditado judeu diz: ‘ A noite se transforma em dia quando consigo enxergar o rosto do próximo’. Talvez não vai ver o rosto do próximo, com seus olhos. Mas com suas mãos, com seu beijo, com seu abraço. Faz mais importância que talvez poder enxergar. Jesus nos diz: ‘É bom se fizermos essas obras enquanto há tempo.’ Isso é, enquanto vivemos e conseguimos trabalhar. Quando nós ficamos paralisados, então não precisamos mais sonhar em visitar a vizinha cega que não tem ninguém mais que olhe para ela. Pois, virá a noite em que ninguém consegue fazer mais nada.”

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“Por conseguinte, já é importante que não formulemos tanto as perguntas dos discípulos. ‘Quem, ou que  é o responsável pela situação lamentável  deste coitado ou desta coitada cego?  A mim, parece que é mais importante perguntar: ‘O que nós podemos fazer?’ E aí há muita coisa. Já mencionei, praticamente. Sendo honesto, aplicado, interessado, no serviço que podemos prestar com uma pessoa desta, mostrar responsabilidade, pontualidade, e até a hora que marcamos para fazer a visita. Nos comprometer com um favor de até fazer uma compra, ir à farmácia buscar algum remédio, ser comunicativo, saber contar alguma coisa que aconteceu do qual esta pessoa cega ainda não tomou conhecimento. Então, acontecerão também hoje, milagres que jamais esperávamos. E espero e desejo, que vocês missionários e missionárias, também possam assistir através do seu trabalho, através dos encontros, também a tais pessoas que não podem participar das reuniões. Vocês vão reavivar a missão de Jesus Cristo, que Cristo está presente quando vocês abraçaram esta atitude, esta espiritualidade que Jesus praticou e Jesus vos herdou, para que façamos a mesma coisa. Isso desejo para todos vocês, particularmente.”

 

Ao fim da celebração, Pe. Laurindo convidou todas lideranças que estavam participando da formação para a frente do altar. Ressaltou a importância do trabalho de cada um e convidou mais pessoas para colaborar no serviço da paróquia. Em seguida, todos foram aclamados com uma salva de palmas.

Pe. Herbert concedeu a bênção final para a assembleia, de forma especial, para todas as lideranças da paróquia.

 

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Texto e foto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família