Na noite do domingo, 28 de setembro, a comunidade reuniu-se na Matriz da Paróquia Sagrada Família para celebrar os 130 anos de Fundação da Congregação dos Missionários da Sagrada Família. Celebrou-se ainda a instituição na paróquia do grupo das “Mães que oram por seus filhos”. A Santa Missa das dezenove horas foi presidida pelo Missionário da Sagrada Família, nosso Pároco, Pe. Laurindo Aguiar e concelebrada pelos Missionários da Sagrada Família, os nossos vigários padre Herbert Rohleder e padre Marconi Nunes Lira.
Após Padre Marconi proclamar o evangelho, padre Laurindo assim refletiu em sua homilia:
“Estamos reunidos olhando para o passado para perceber a ação de Deus na vida da Igreja, na vida de tantos homens e de modo especial, na vida do padre Berthier, que fundou a Congregação dos Missionários da Sagrada Família – MSF, para levar o evangelho, para ser um sinal de luz no mundo. Para esse dia memorável vou tomar as palavras do nosso superior provincial, Pe. Fernando Ibáñez, msf. “Reunimo-nos como família de fé para celebrarmos 130 anos de uma história, que nasceu da confiança em Deus, da coragem e do ardor missionário. Em 1895 um sacerdote francês, o padre João Berthier, escutou a voz de Deus que o enviava. Não se deixou vencer pelo medo. Confiando na força do evangelho, transformou um quartel militar abandonado na Holanda, em berço de vida e missão. Onde muitos viam ruínas, ele viu semente. E essa semente regada pelo Espírito Santo tornou-se árvore grande e fecunda, a nossa Congregação dos Missionários da Sagrada Família, que hoje está presente em diversos continentes, diversos países”.
“Esta história não é apenas o passado, mas é presente e futuro, queridos irmãos, a missão que começou há 130 anos continua hoje em cada um de nós. O próprio Jesus nos recorda, no evangelho de Marcos, ‘Ide por todo o mundo e anunciai o evangelho a toda a criatura’. Lembrar de todos os missionários que foram enviados para pregar o evangelho. ‘Aqui nós estamos, padre Herbert um pouquinho mais de longe, padre Marconi e eu, um pouquinho mais de perto, aqui do Norte de Minas.‘ A missão não se limita a viajar para longe, ela começa aqui mesmo onde vivemos. Ser missionários hoje é proclamar com alegria que Deus nos ama, que Cristo está vivo, que o Espírito nos dá a força. É iluminar a vida das famílias, acompanhar os que sofrem e levantar os que caíram. É ser sal da terra e luz do mundo no meio de uma sociedade com tantas marcas, com tantas feridas. São Paulo dizia com ardor missionário que constituía o seu ser: ‘Ai de mim se eu não evangelizar.’ Se eu não anunciar o evangelho. Como que isto é tão presente e provocativo para cada um de nós. Esse grito também ressoa a cada um de nós. O mundo precisa de testemunhas corajosas, discípulos alegres, cristãos que saiam de si mesmos e façam brilhar o evangelho, ecoar a Palavra de Deus em todo lugar”.
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“O que significa para nós viver esse carisma missionário hoje? Significa sair e ir ao encontro do outro. Sobretudo, dos mais isolados, sozinhos e esquecidos. Significa tornar Cristo presente, de modo muito especial, na vida das famílias, mostrando que a fé não é um peso, mas uma força que revigora, que renova a esperança. Significa ser uma Igreja em saída, como sempre nos recorda o Papa Francisco, que não espera que as pessoas venham, mas que tenhamos a decisão e a atitude de ir até elas e revelar a face de um Deus compassivo, de um Deus terno e misericordioso. Hoje o que mais encontramos, como nos ressalta o nosso superior provincial, são pessoas que perderam o sentido de viver. Jovens, famílias, adultos que precisam do apoio da Igreja, precisam do nosso apoio como missionários peregrinos da esperança”.
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“O carisma missionário, não é apenas para nós consagrados, mas o carisma da Igreja é para todos os batizados. Cada um de nós é chamado a ser missionário em sua família. ‘Hoje estamos aqui acolhendo essas mães que acolheram o chamado de Deus, de ser missionárias, de modo especial na família, dentro de casa.’ Poder revelar o amor, a ternura desse Deus que acolhe e se interessa pela vida de cada um. Esse carisma pode ser vivido também no nosso ambiente de trabalho, pode ser vivido de modo especial na nossa comunidade, porque fortalecer a missão em nossa comunidade é fortalecer a Igreja. Ser missionário na nossa Igreja é proporcionar que outras pessoas conheçam a Deus, que tantas pessoas saiam da ignorância e conheçam a verdade. A Sagrada Família que é a nossa fonte, modelo de inspiração, seja na vida de oração, seja na vida missionária, seja na vida como discípulo, seja na obediência. A Sagrada Família nos inspira sempre a cumprir e a fazer a vontade de Deus que nos chamou. Nós temos a Sagrada Família como tesouro inesgotável, tudo podemos nela encontrar, resposta para os nossos anseios e para a nossa vida”.
Santa Missa/ 26º Domingo do Tempo Comum – 130 anos da Congregação MSF / 28/09/2025/ 19h
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“Que nesse Jubileu possamos, todos juntos, como consagrados, como paróquia missionária renovar o nosso compromisso, renovar o nosso sim a Deus e ser instrumento de poder descobrir sempre mais, na Igreja, em nossas comunidades, na família, a alegria do Cristo, a força da fé que nos faz viver, caminhar a cada dia. Que possamos como Igreja, que carrega esse carisma, também trabalhar pela promoção das vocações. A frase que inspirou Pe. Bertheir ‘A messe é grande, mas os operários são poucos.’ Ele viu a necessidade de tantos lugares em que a Palavra de Deus não era anunciada por falta de missionários, de poder rezar, motivar, ajudar a tantos jovens, cada família a discernir o seu caminho, o verdadeiro sentido de estar no mundo. E a gente descobrir que o verdadeiro sentido de estar no mundo servindo é bom demais. Não dar sentido só a nossa vida, mas dar sentido a vida do outro. Que possamos rezar pelas vocações. E o nosso compromisso na formação de leigos. Esse ide. Ninguém se forma discípulo para se esconder, mas se forma discípulo para ser público. Não anunciar a si mesmo, mas para anunciar o tesouro que ele carrega, a fé que ele carrega”.
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“Celebrar este dia para nós, padres, religiosos da congregação é motivo de muita alegria, de contar com a amizade, com o apoio, de contar com a companhia, contar com os dons e talentos de cada um de vocês. Com vocês a nossa congregação tem cumprido com a sua missão. Esta missão que se estende em três tarefas prioritárias: a missão compreendida no sentido mais amplo, a missão de trabalhar junto às famílias, e de trabalhar junto à promoção das vocações leigas, religiosas e sacerdotais. Que o Espírito que moveu Pe. Berthier a vencer o medo e a vencer as barreiras possa nos inspirar hoje a continuar desafiando aquilo que tenta nos impedir de continuar caminhando e tornar Deus cada vez mais conhecido. ‘Padre Berthier fundou essa congregação e colocou sobre a proteção de Nossa Senhora da Salette, que está aqui a imagem, a mãe que chora por seus filhos.’“.
Após a comunhão aconteceu o envio do Grupo das mães que oram por seus filhos. Padre Laurindo abençoou a imagem peregrina de Nossa Senhora da Salette que acompanhará o grupo. Abençoou também todas as mães do grupo. A paroquiana Silvia convidou a todas as mães, tias, avós, madrinhas que desejem participar para procurarem a secretaria paroquial para mais informações. Padre Laurindo apresentou a diretoria do grupo. Antes da bênção final, Pe. Laurindo cantou o hino da congregação e toda a comunidade cantou os parabéns pelo aniversário de 130 anos da congregação.
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Texto: Juciane Francisca / PasCom Sagrada Família
Fotos: Laura Medrado / PasCom Sagrada Família