Na quinta-feira, 16 de junho, a Igreja celebrou Corpus Christi, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus.

Em Januária, após dois anos, os fiéis se alegraram pela volta da confecção dos tapetes nas ruas da cidade, por onde Jesus Eucarístico vai passar. Desde a madrugada, as comunidades das paróquias Sagrada Família e Nossa Senhora das Dores, confeccionaram belos tapetes coloridos. Os tapetes divulgaram os movimentos, pastorais, comunidades, lembraram também elementos importantes da fé católica, de forma especial a eucaristia.

Às 8h, aconteceu a Santa Missa na Matriz Sagrada Família presidida pelo pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf. Os vigários Pe. Herbert, msf e Pe. Marconi Nunes Lira, msf; juntos com o Cura da Catedral, Pe. André Luiz concelebraram esta missa tão importante. Também participaram os acólitos, coroinhas e ancila da Com. Santo Antônio, bem como os ministros da eucaristia desta comunidade, bem como os ministros da eucaristia da Paróquia Nossa Senhora das Dores.

Pe. Laurindo acolheu a todos os presentes e aos que acompanharam a transmissão. Pe. André proclamou o santo evangelho e também proferiu a homilia. Veja alguns detalhes:

“Graças ao bom Deus, estamos aqui reunidos para celebrar este grande dia da nossa fé cristã, justamente recordando este ato da providência divina, em nos saciar interiormente com seu próprio Filho Jesus que se faz refeição, se faz pão, se faz Eucaristia. Depois de um período sem podermos demonstrar essa nossa comunhão, união e participação, devido a este período pandêmico, hoje nós expressamos essa unidade, comunhão e participação, retomando assim as atividades conjuntas dessas duas paróquias irmãs. É motivo de dar graças a Deus. Deus, em sua sabedoria, concede ao ser humano, as condições de superação de muitas coisas, dentre elas, este período que nos marca. E nós, neste período, somos chamados a voltar nossa atenção para a centralidade da fé cristã, para esta centralidade de nossa experiência de amizade  e de aliança com Deus e também com os irmãos.”

“A Eucaristia é o plano do amor de Deus, da providência divina. A Eucaristia está em três momentos importantíssimos da história da salvação, da história de Deus conosco. No Antigo Testamento, a Eucaristia está como figura. No Novo Testamento, como acontecimento. E na história da Igreja, como sinal sagrado, o sacramento. O próprio texto da sequência, cantado na missa de hoje, nos faz pensar estes três momentos da história da salvação, da presença da Eucaristia. O cântico cantado após a Segunda Leitura nos faz pensar que no Antigo Testamento a Eucaristia está presente dentro dessas figuras. Figuras prévias que preparam o acontecimento da Instituição da Eucaristia no Novo Testamento. Seja por meio do rei, sacerdote Melquisedec, que apresenta pão e vinho, oferece pão e vinho. Seja o sacrifício de Abraão, que faz apontar para o grande sacrifício de Cristo na cruz. Seja o maná que alimentou nossos pais no deserto, recordando outro alimento maior que é o próprio Jesus. E Jesus assim também afirma no Evangelho de João, capítulo sexto, ser este o verdadeiro alimento.”

“Essas figuras foram nos colocando dentro no Novo Testamento, onde o Senhor Jesus então realiza este grande acontecimento, se faz refeição. Deseja permanecer conosco. Deseja saciar nossa alma, nosso interior. E a Igreja, tomando isso como sacramento, sinal sagrado, prolonga a presença do Cristo Eucarístico na vida, na história. Por isso, nós nos aproximamos desta mesa eucarística, como irmãos, para refazer nossa caminhada, o nosso peregrinar. O gesto de fazermos procissão neste dia é para dizer sim. Somos uma Igreja peregrina, estamos a caminho deste banquete, que no final do cântico da sequência de hoje nos apontou. O banquete que estamos participando hoje e em todas as missas, é uma preparação para o grande banquete que o Senhor no céu  prepara para nós. E esta antecipação já é experiência do céu que toma iniciativa de vir ao nosso encontro, de ficar conosco. É o próprio Senhor Jesus. Onde está ele, está experiência do céu.”

“Aqui é muito bom. Nesta terra é muito bom. Viver estas experiências de fé na Igreja é muito bom. Mas isso aqui é um reflexo pálido, ainda pequeno, da grandiosidade do céu que Deus preparou para nós. A Eucaristia antecipa a beleza do céu, a beleza do grande banquete!”

Ao fim da Santa Missa, os fiéis seguiram em procissão com Jesus Eucarístico pelas ruas de Januária até a Catedral Nossa Senhora das Dores. Uma grande demonstração de fé. Ao chegar na Catedral, Pe. André conduziu o momento de Adoração e concedeu a bênção aos fiéis.

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Rosiane Barbosa / PasCom Sagrada Família