No domingo, 18 de abril, a Igreja celebrou o 3º Domingo da Páscoa. A liturgia nos convida, à luz do ressuscitado, à conversão. Perceber a bondade de Deus ao ressuscitar o seu Filho Jesus, como requisito para abraçar a vida nova, reconhecendo assim os nossos pecados e as nossas culpas.

A Santa Missa foi presidida pelo Padre Laurindo Aguiar, msf, que assim falou em sua homilia.

“O tempo da Páscoa, podemos dizer que, é o tempo do nascimento da Igreja que faz a experiência do ressuscitado. Da passagem da morte para a vida, das trevas para a luz, da realidade do medo para a conversão e de anúncio profético.”

“Nessa trajetória os discípulos foram tomando conhecimento dessa vitória de Deus. São muitas as situações vivenciadas por eles. Hoje o Evangelho fala do contexto dos discípulos de Emaús. Era como se os discípulos tivessem perdido a fé, o ânimo e estivessem enfraquecidos. O Senhor vai caminhando e fazendo com que eles tomassem consciência, de que aquela realidade não havia terminado. Assim vivenciamos em nossa comunidade. O Senhor vem sempre ao nosso encontro e caminha conosco para acalentar o nosso coração,” refletiu nosso Pároco.

“Os discípulos ficaram assustados e com medo quando viram Jesus. Sabemos como o medo nos impede de enxergar a verdade, assim como os discípulos tiveram para perceber Jesus. Quando estamos com o nosso emocional abalado criamos uma realidade que não existe. São Lucas nos transmite que a fé na ressurreição não é fantasiosa, mas algo concreto que acontece no nosso cotidiano. E para vivenciarmos isso precisamos voltar às escrituras, beber na fonte, buscar tudo o que o Senhor ensinou aos discípulos. Para sermos seguidores de Jesus, precisamos vencer o medo.”

“O Evangelho de São João nos narra o sentimento de muita alegria. São dois tipos de sentimentos, primeiro de profundo medo e depois de alegria, mas nenhum desses sentimentos foi suficiente para que os discípulos reconhecessem Jesus. Quando estamos com o nosso emocional abalado e perdemos o equilíbrio não somos capazes de reconhecer ninguém. Só quando Jesus tomou e comeu diante deles, foi que eles o reconheceram.”

“Como podemos reconhecer Jesus? Será que o motivo de não o reconhecermos é por não conhecermos a Palavra de Deus? Será que não conhecemos o que a Palavra fala de Jesus?” Assim nos perguntou Padre Laurindo. “Precisamos voltar às Sagradas Escrituras e interpretá-las. Jesus é aquele que nos ajuda a entender a Palavra de Deus. Ele deu essa missão para toda a Igreja. Se dermos a abertura para Deus revelar seu Filho, certamente nós o reconheceremos.”

“A liturgia da Palavra abre a nossa inteligência para entender a nossa vida, a vontade de Deus e a nossa missão. A Palavra nos põe de pé e a Santa Eucaristia nos faz caminhar em direção ao nosso irmão. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O fundamento para que não pequeis é guardar os mandamentos, assim nos fala São João. Ele sabe que os mesmos filhos que guardam a Palavra de Deus, também estão sujeitos a cair. Mas se isso acontecer, nós temos aquele que é o nosso defensor junto ao Pai, o Cristo, o justo. A justiça de Deus que limpa o pecado e nos faz pessoas novas.”

“Que possamos usufruir da Palavra de Deus hoje. A comunidade é onde aprendemos amar a Jesus e onde amadurecemos a nossa fé. É onde podemos escutar a Palavra, celebrar a unidade dos nossos corações, mesmo sendo diferentes, e o Cristo Jesus na Santa Eucaristia. É preciso que anunciemos a Palavra e busquemos vivenciá-la,” concluiu.

Ao final da Santa Missa Padre Laurindo leu uma mensagem direcionada aos brasileiros diante desse cenário de Pandemia, da 58ª Assembleia Geral da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, realizada virtualmente entre os dias 12 e 16 de abril.

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Texto: Juciane Francisca / PasCom Sagrada Família

Fotos: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família