Audiência: “Jesus não era um príncipe, estava com os pobres”

PL destacada
Primeira Missa na Comunidade do bairro Novo Milênio
setembro 13, 2016
SF NOIT DESTACADA
Paróquia Sagrada Família noiteira na Catedral
setembro 16, 2016

Audiência: “Jesus não era um príncipe, estava com os pobres”

Quarta-feira de sol, temperatura amena e muita gente na Praça São Pedro para participar da audiência geral do Papa Francisco. Prosseguindo o ciclo de catequeses centradas na Misericórdia, o Pontífice definiu a sua reflexão, inspirada no Evangelho de Mateus, “comovedora”.

Após a leitura da Palavra, em várias línguas, o Papa quis explicar o significado das expressões do evangelista “vinde a mim”, “tomai o meu jugo” e “aprendei de mim”.

Vinde a mim

No primeiro caso, Jesus se dirige aos cansados e oprimidos oferecendo-lhes a sua misericórdia. Neste convite, os pobres viram finalmente uma resposta às suas expectativas. Eles não podiam contar com nenhuma amizade importante, mas tornando-se discípulos de Jesus, recebem a promessa de encontrar consolo para toda a vida. “Uma promessa que na conclusão do Evangelho é estendida a todos os povos”, disse o Papa.

Os fiéis de todo o mundo que atravessam as Portas da Misericórdia em suas catedrais e santuários, em tantas igrejas e hospitais, fazem o mesmo: vão encontrar Jesus, expressam a conversão do discípulo que se põe no seguimento de Jesus, a descoberta da misericórdia do Senhor, infinita e inesgotável.

Jugo é um vínculo com o povo

O segundo imperativo, “tomai o meu jugo”, Jesus quer que seus discípulos entrem em comunhão com Ele, se tornem partícipes do mistério de sua cruz e de seu destino de salvação. “É um vínculo que une o povo a Deus. O jugo que carregam os pobres e os oprimidos é o mesmo que carregou Cristo antes deles; e por isso, é um jugo leve”, completou Francisco.

Enfim, a exortação “aprendei de mim” feita aos humildes e pequenos, porque compreende os pobres e sofredores e Ele mesmo é pobre e provado pelas dores, tendo carregado sobre suas costas os pecados da humanidade inteira. “Nele – explicou o Pontífice – a misericórdia de Deus assumiu a pobreza dos homens, doando a todos a possibilidade da salvação”.

Pastores ‘príncipes’ são um mal para a Igreja

Improvisando, Francisco questionou: “Por que Jesus é capaz de dizer estas coisas? Porque Ele era um Pastor que estava em meio às pessoas, aos pobres. Trabalhava todos os dias junto com eles. Ele não era um ‘príncipe’. É feio para a Igreja quando os Pastores se tornam distantes dos pobres e viram ‘príncipes’. Estes pastores eram repreendidos por Jesus; este não é o espírito de Jesus. Ele dizia, sobre eles: “Façam o que dizem, mas não o que fazem!”.

Concluindo a catequese, o Papa consolou os fiéis: “Para todos há momentos de cansaço e de decepção”; e recordou as palavras do Senhor que nos dão tanta consolação e nos fazem entender se colocamos nossas forças a serviço do bem. Somos chamados a aprender Dele o que significa ‘viver de misericórdia’ e ser ‘instrumentos de misericórdia’.

Encontramos conforto na Cruz do Senhor

“Coragem!, exclamou Francisco. Não deixemos que nos tirem a alegria de ser discípulos do Senhor. Não deixemos que nos roubem a esperança de viver esta vida com Ele e com a força da sua consolação”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va