Pe. Natelson: “Que a santidade nos contagie.”

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A novena em honra à Sagrada Família já está chegando ao seu final. Estamos terminando nossa preparação para celebrar nossos padroeiros e, também, os 56 anos de nossa paróquia. No oitavo dia da novena, 16 de julho de 2021, onde a Igreja celebra Nossa Senhora do Carmo, participaram como noiteiros o Apostolado da Oração, Catequese, IAM (Infância e Adolescência Missionária), a Comunidade Santa Rosa de Lima e Comunidade São Pedro. O Irmão Alexandre, msf conduziu muito bem este penúltimo dia da novena, nos levando a refletir o tema proposto: “Sagrada Família, inspiradora de nossa missão paroquial.”

Presidiu a Santa Missa o Administrador Paroquial da Paróquia São Vicente de Paulo, em Cônego Marinho, o Padre Natelson Coutinho. Concelebraram o nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf e o  Pe. Herbert Rohleder, msf. Estiveram presentes o Irmão Guilherme, msf e o Irmão Alexandre.

Em sua homilia, Pe. Natelson, após se solidarizar com as famílias que participavam da missa de sétimo dia de seus entes queridos,  assim refletiu:

“Que possamos fazer a experiência do Profeta Zacarias, que ouvimos na Primeira Leitura, neste dia em que a Igreja recorda Nossa Senhora do Carmo. E que nós, como foi dito na Oração Inicial, possamos subir também ao monte. O monte é a pessoa do  Cristo Jesus, que nos chama a experimentar sua graça e seu amor, sua misericórdia. Então, como diz o Profeta Isaías, é o próprio Deus que enxuga as nossas lágrimas. Enxuga sim as nossas lágrimas, constantemente. Porque de alguma maneira, nos sentimos vazios, atacados, ou quebrados por causa da partida de muitas pessoas de maneira muito inesperada. Nós humanamente não somos capazes de entender ou de aceitar, mas a misericórdia de Deus é infinita. E, por isso, ela que não nos falha, nos dá a possibilidade da aceitação e da convivência.”

A convite do Padre Laurindo estamos aqui no oitavo dia, refletindo sobre a Sagrada Família, que é inspiração para nossa missão paroquial. E de fato é a inspiração para nossa missão paroquial. E digo isso com muito orgulho porque, como criança, eu também aprendi, nessa igreja, e vinha muitas vezes a missa pela manhã. Foi aqui pela primeira vez que eu entendi que o evangelho do cego não fala especificamente daquele que possui uma necessidade que o impossibilita de ver. Mas cego somos todos nós, que muitas vezes, não enxergamos a verdade. E precisamos da cura dos nossos olhos. Foi o Padre Herbert que falou isso em uma homilia. Eu tinha onze anos. Estava sentado no último banco daquela fileira ali. Essa do meio. Como menino de onze anos a gente fica um pouco com vergonha de assumir as atividades da Igreja. E a gente vem a Santa Missa meio que impulsionado, empurrado pela mãe, pela tia, pela avó, pelo pai. Mas dessa maneira nós chegamos a Cristo Jesus e compreendemos sua palavra.”

“É uma honra conhecê-los Alexandre e Guilherme. E todos vocês aqui que há um bom tempo não os vejo, mas que fazem parte da minha história, da minha trajetória. Hoje, como ouvimos e estamos refletindo desde o início da novena, somos chamados a pensar sobre a nova família de Jesus. E a transição que Jesus faz, como Alexandre disse, da família de sangue para a família da fé. Alexandre, quando ouvi este evangelho pela primeira vez, eu não levei um susto diferente de você. Quando ouvi este evangelho pela primeira vez, eu senti um alívio muito grande. E por que do alívio? É graças a estas passagens do evangelho, e outras também, como as de Paulo, especificamente, que nós entendemos que Deus nos acolhe como filhos. E que em Cristo todos nós somos irmãos. E que não há distinção entre nós. É graças a passagens assim. E Cristo que veio nos dar tudo o que é dele, que veio despir de toda a grandeza e majestade, como o Apóstolo Paulo nos lembra na Carta aos Filipenses, o Cristo se despe até da família, da mãe. Do alto da Cruz, o Cristo nos deu a sua mãe. Até a mãe ele nos deu, nos deu todas as coisas, nos deu tudo, nos deu a ressurreição, nos deu a graça, nos deu o amor, nos deu a paz. Até no alto da cruz, o Cristo volta para seus discípulos e disse: ‘Eis aí a tua mãe.’ Até a mãe ele nos deu. Então fazemos parte de sua família. Então por isso foi um alívio, quando ouvi esse evangelho pela primeira vez, ou quando tomei consciência dele, ainda quando criança. Dessa maneira, entendemos que fazemos parte da família de Jesus. Nós somos chamados a fazer parte dessa família.”

 

Ao fim da Santa Missa, os noiteiros homenagearam a Sagrada Família com flores. E Padre Natelson, junto com os outros padres e toda assembleia, rezou a Oração da Sagrada Família composta pelo Papa Francisco.

Em seguida, uma bela mensagem lida por Isabel Macedo, revelou qualidades do Padre Natelson e a importância de seu trabalho de evangelização para nossa diocese.

Pe. Natelson manifestou seu agradecimento: “Muito obrigado a todos vocês pela oportunidade. Muito obrigado padre. Estou pedindo licença a ela para levar este texto. Porque este texto deve servir de inspiração para mim. Como gosto sempre de dizer, as pessoas veem coisas boas em nós, não porque somos bons, mas porque os olhares delas são bons. E dessa maneira, como muitas vezes, repletas de uma perspectiva boa e santa de ver as coisas e as pessoas, veem também coisas boas em nós. O que vocês escreveram aqui é a bondade que está em vocês, muito mais do que daquilo que está em mim. Desta maneira, eu vou levar, para que eu possa seguir isso aqui, para que possa servir como inspiração. Porque muitas coisas aqui, estou muito ainda a desejar. Obrigado por lembrar certas coisas que são importantes. Que nós muitas vezes podemos esquecer. Coisas relacionadas até a quem nós somos. Às vezes é necessário que algumas pessoas nos lembrem qual foi o caminho trilhado. Para que nós não nos percamos. Deus abençoe a vocês pela oportunidade incrível de me encontrar com vocês hoje. Que possamos nos santificar cada vez mais. Com relação a missão, ela continua e, de fato, a Palavra de Deus deve ser propagada em todos os lugares, e eu sou um amante da palavra. E uma vez que sou um amante da Palavra de Deus, então, a gente tenta se esforçar por praticá-la, por conhecê-la, e também por transmiti-la. Então, rezem por nós. Rezem pelas vocações dessa paróquia, pelos padres que aqui servem vocês, há anos, e pelos futuros padres, Guilherme e Alexandre, que estão aqui e que estão em gestação. O ministério deles está sendo gerado e vocês estão fazendo parte da história deles. Claro que nós devemos rezar por eles. E é bom lembrar de determinadas realidades, alguns bispos que passam por nossas vidas, nos ensinam coisas interessantes. E eu me recordo muitas vezes que o bispo de Montes Claros, numa das ordenações, o bispo D. José, que já se aposentou, ele disse que: ‘Quando o padre é santo ele santifica o povo. Mas quando o povo é santo ele santifica o padre.’ Então, nós temos uma responsabilidade para com vocês e vocês tem uma responsabilidade para conosco. Para que nos santifiquemos com a santidade de vocês. E não resta dúvidas de que na comunidade existem pessoas muito santas. E que a santidade nos contagie. Para que assim santos nós também podemos devolver em santidade a vocês.”

 

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Yale Figueiredo / PasCom Sagrada Família