Pe. Marconi: “Na pessoa de Jesus Cristo nós temos o próprio Deus entrando na história humana”.

papadestacada
O Papa: “Deus quer habitar no meio de nós”
janeiro 2, 2022
papadestacada
Francisco: adoção, uma das formas mais elevadas de amor, paternidade e maternidade
janeiro 5, 2022

Pe. Marconi: “Na pessoa de Jesus Cristo nós temos o próprio Deus entrando na história humana”.

epifania2021

No domingo, 02 de janeiro, a Igreja no Brasil celebrou a Solenidade da Epifania do Senhor. Na Matriz Sagrada Família aconteceram celebrações às 9h e às 19h. Também aconteceu celebração na comunidade São Paulo (Boa Vista).

Pe. Marconi Lira, msf presidiu a Santa Missa na Matriz às 19h. Após a procissão de entrada, o presbítero incensou o altar, a imagem da Sagrada Família e o presépio.

Em sua homilia, refletiu sobre a importância de celebrar a Epifania do Senhor. Veja alguns pontos.

Hoje ainda estamos no Tempo do Natal, estamos na Epifania do Senhor. A palavra epifania significa revelação, manifestação. Significa na realidade que Deus se revelou, se mostrou a nós todos na pessoa do Filho de Deus. Na pessoa de Jesus Cristo nós temos o próprio Deus entrando na história humana. Busquemos perceber que Deus que entra na história humana, entra sobretudo, numa família humana como a nossa. Nós temos aqui, Jesus que nasce de uma mulher. Maria é a mãe de Jesus, é a escolhida por Deus para ser a mãe do Filho de Deus. Portanto, Deus não se revela de forma espetacular, de forma extraordinária. O extraordinário, o espetacular do nascimento de Deus está na simplicidade, na humildade. Um Deus que não tem sequer um lar para nascer. Nasce numa manjedoura. É importante a gente ir observando os detalhes deste Deus que entra na história. Vai precisar, inicialmente, quando ele nasce, ele vai precisar de tudo.  Depender, precisar de tudo, de uma mulher. Vai precisar de uma mulher. Por que chamo a atenção de uma mulher? Por que no tempo de Jesus e antes de Jesus, as mulheres eram muito, mas muito marginalizadas. Contrariando a expectativa do povo judeu. O povo judeu esperava um messias triunfalista, que viria nas nuvens, e aí Deus contraria as expectativas do povo judeu e entra na história humana em uma criança completamente frágil, indefesa, que vai depender em tudo da mãe dele.”

 

Nós precisamos estar num processo de conversão, de mudança. Precisamos nos deixar atrair mais para Jesus Cristo, pela prática do bem, pela prática da caridade, pela prática da justiça, pela prática do amor, pela prática do perdão, pela prática da misericórdia, pela prática da compaixão. E assim, e somente assim, e tão somente assim, a gente vai entrando na dinâmica do reino de Deus que também é nosso. O que significa o reino de Deus que também é nosso? Significa que Jesus, o Filho de Deus, inaugurou o reino de Deus. Só que Jesus precisa de operários para a messe. Jesus precisa de pessoas que trabalhem no reino dele para dar continuidade ao reino de Deus. Começando o ano novo vamos viver de fato uma vida nova. Porque o ano só será melhor se nós nos colocarmos a disposição para sermos melhores. Porque se a gente se colocar na defensiva, ‘eu sou assim’, significa que eu não quero mudar. E conversão significa que a gente está disposto a mudar para melhor.”

“O texto do evangelho de hoje vai nos mostrar o nascimento de Jesus Cristo. Ele vai ser mostrado aos magos, que vão do oriente guiados pela estrela até a cidade de Belém. Só que no trajeto até a cidade de Belém, tinha a cidade de Jerusalém. E é interessante que quando os magos chegam na cidade de Jerusalém, a estrela desaparece. E os magos encontram na cidade de Jerusalém o rei Herodes. Aquele mesmo rei que mandou matar todas as crianças que tinham mais ou menos a mesma idade de Jesus. Herodes queria matar Jesus desde quando ele era bebê. Herodes ficou assustado com o nascimento do menino indefeso, frágil, dependendo de tudo da mãe dele. Herodes ficou com medo de perder o poder. Este poder de Herodes não era um poder serviço. A estrela deixa de brilhar em Jerusalém, não é por conta da cidade em si. É por conta do sistema que se estabeleceu na cidade de Jerusalém. Era um sistema de morte para o povo. Não era um sistema que favorecia a vida do povo. Por isso mesmo, a estrela para de brilhar quando os magos chegam na cidade de Jerusalém.”

“Quando os magos saem de Jerusalém a estrela reaparece e eles vão até Belém. Chegando lá o texto mostra, eles veem Maria, a mãe e o menino na manjedoura. Eles se ajoelham. Não para adorar o rei Herodes, mas para adorar o Menino Jesus. Eles se ajoelham para adorar um menino pastor, que é comunicado em primeiro lugar aos pastores, que viviam nos campos. E aí a gente vai percebendo esta história que é uma relação de Deus com as pessoas humildes, as pessoas simples.”

 

Antes da bênção final, Pe. Marconi conduziu um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento, convidando a assembleia e aos que acompanhavam a transmissão a fazer a experiência de adoração que os magos fizeram junto ao Menino Jesus. Em seguida, Pe. Marconi realizou uma procissão com  o Santíssimo Sacramento pela Matriz. A celebração da Santa Missa foi concluída com um canto de Folia de Reis.

 

Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.

 

Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Foto: Abdias Lacerda / PasCom Sagrada Família