Pe. Marconi: “É importante que nós saíamos dessa novena enriquecidos com esse sentimento nobre, que é o sentimento do amor”!

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Pe. Marconi: “É importante que nós saíamos dessa novena enriquecidos com esse sentimento nobre, que é o sentimento do amor”!

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No sábado, vinte e três de julho, depois de uma bela caminhada celebramos o nono e último dia da Novena em honra à Sagrada Família de Nazaré. Pe. Laurindo Aguiar, msf animou todos os presentes e acolheu os noiteiros desse último dia de novena. O irmão Luiz Carlos, msf, conduziu o momento da novena.

A Santa Missa foi presidida pelo Vigário Pe. Marconi Nunes Lira, msf e concelebrada por Pe. Laurindo Aguiar, msf, e pelo vigário Pe. Herbert Rohleder, msf.

Assim nos falou Pe. Marconi em sua homilia:

“Percebemos que o tema que perpassou o novenário, podemos dizer que foi: Sagrada Família, modelo de amor e de oração. É importante que nós saíamos  dessa novena enriquecidos com esse sentimento nobre, que é o sentimento do amor. Amor que é serviço e doação. Amor que é entrega e fidelidade. Amor que é também cuidar, zelar. E aqui eu uso a palavra cuidar no sentido, de um modo especial, dos filhos cuidarem, zelarem dos pais quando eles estão idosos, porque é nessa idade que os pais necessitam mais ainda do cuidado e do amparo dos filhos.”

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“É importante, queridos irmãos e irmãs, que nós pensemos no hoje da nossa história. Eu passei muito tempo morando no Recife. A maior parte foi numa Paróquia da periferia do Recife, Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que fica na região metropolitana do Recife. E lá tinha um abrigo para idosos aonde eu ia com certa frequência para conversar com os idosos que estavam lá. A nossa realidade, de modo especial de famílias que tem posses, é a realidade de abandonar os pais na velhice. Eu conversava com esses pais que estavam lá no abrigo Cristo Redentor, lá na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Cavaleiro Jaboatão dos Guararapes, que faz parte da região metropolitana do Recife e eles diziam assim para mim: ‘Padre, os meus filhos me deixaram aqui. Sabe quantas vezes eles vieram me visitar? Nenhuma vez’. E aí a gente pode perguntar, porque um filho, uma filha, faz isso com um pai e com uma mãe? E a resposta, queridos irmãos e irmãs, pode estar no modo de agir que a nossa sociedade nos impõe. ‘E que modo é esse Padre?’ Para a nossa sociedade o que vale é o ‘ter’ e não o ‘ser’, ou seja, pessoas idosas, elas são produtivas para a sociedade? Pessoas idosas, elas não são mais produtivas para a sociedade e a nossa sociedade quando a pessoa não é mais produtiva ela é descartável. Lamentavelmente é o que acontece com aqueles pais do abrigo Cristo Redentor. Mas certamente essa não é uma realidade isolada daquele abrigo, certamente existem tantos outros abrigos no nosso país, que pais e mães estão lá abandonados pelos seus filhos.”

“Nós falamos no início sobre o tema de Sagrada Família, modelo de amor e oração. Também nós podemos colocar outro motivo que, talvez leve os filhos a tomarem uma atitude dessas, de abandonar os seus pais. Muitas vezes acontecem também, lamentavelmente, pais que não ligam para os seus filhos. Pais que não amam seus filhos como deviam amar. Pais que, principalmente os homens, porque em geral os homens dizem que essa coisa de amar os filhos é uma obrigação das mães. E aí quando os filhos se sentem rejeitados, quando os pais já estão idosos, e não têm mais condições de dirigir suas próprias vidas, os filhos revoltados, os abandonam nos abrigos. E nós vamos percebendo que as relações humanas nem sempre são tão saudáveis, tão santas quanto poderiam e deveriam ser. E por conta disso o que nós temos em nossa sociedade são famílias desestruturadas. A instituição família, hoje, ela está desestruturada, pedindo socorro. Até porque há algumas décadas atrás nós tínhamos apenas um modelo de família que, era o modelo tradicional: o pai, a mãe e os filhos. Hoje nós não temos apenas esse modelo tradicional de família. Hoje, por exemplo, nós temos duas mulheres que formam um casal, dois homens que formam um casal e inclusive adotam filhos. E outra coisa queridos irmãos e irmãs, nós não podemos desconsiderar esses outros modelos de família, nem podemos condená-los também. Não podemos. Quem somos nós para condená-los. Será que a nossa família vive de fato uma relação de santidade, de unidade, de concórdia e de paz? Nós precisamos fazer essas perguntas por que certamente, como disse o Papa Francisco recentemente, nossas famílias não são santas, nós temos problemas nas nossas famílias, temos problemas de relacionamento.”

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“Outra coisa importante para vocês pais é que vocês dialoguem. Não vão dormir pais e mães, sem dizer que vocês amam os seus filhos. E eu diria também filhos não vão dormir sem dizer que vocês amam os pais de vocês. Isso é importante, claro que é importante. Vocês podem até estar pensando que isso é uma bobagem, mas não é, porque isso vai aproximar cada vez mais vocês. Mas se a esposa ama o esposo, mas vão dormir e não diz ao outro que se ama, o esposo não vai adivinhar que ela o ama e vice-versa. A mesma coisa acontece com os filhos. A gente tem que expressar com palavras e aqui eu acrescento, com palavras e com gestos concretos que a gente ama os nossos pais. E vocês pais e mães devem fazer a mesma coisa.”

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“Importante observar que na vida de Jesus, Ele nunca escondeu os sentimentos que Ele tinha para com as pessoas. Ele sempre acolhia as pessoas com gestos, com palavras e com o olhar. Ele olhava para as pessoas com um olhar acolhedor. Nós precisamos fazer a mesma coisa. E precisamos fazer para que, os laços familiares sejam cada vez mais fortes, ‘A oração.’ As famílias precisam  orar, rezar. Tirar um momento do dia para rezar porque a oração vai também ajudar vocês a se aproximarem mais. E, além disso, vão aprender a rezar em família, ou seja, vão rezar na igreja de vocês, na igreja doméstica. Isso é muito valoroso para as famílias porque cria laços profundos, vínculos profundos. Certamente vocês terão as bênçãos, a proteção de Deus e da Sagrada Família e serão também iluminados pelo Espírito Santo.”

Encerrando esses belos e marcantes momentos dos festejos deste ano, os noiteiros e convidados, em procissão ofertaram flores e também suas famílias à Sagrada Família de Nazaré. Zilma e família homenagearam nesta noite o Pe. Marconi Lira, recém-chegado na Paróquia Sagrada Família, mas que já se tornou peça fundamental da nossa comunidade, símbolo de amor e doação ao próximo.

 

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Fotos: Yale Figueiredo / PasCom Sagrada Família

Texto: Juciane Francisca / PasCom Sagrada Família