Pe. Laurindo: “O pecado desfigura o rosto humano”.

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Pe. Laurindo: “O pecado desfigura o rosto humano”.

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Na Sexta-feira da Paixão, dia de jejum e abstinência, os padres da Paróquia Sagrada Família atenderam confissão logo pela manhã.

Às 14h, rezou-se o primeiro dia da Novena da Divina Misericórdia, com Zilma Costa, do Ministério de Música Sagrada Família, Mariane Brandão e Vanessa, do grupo Filhos da Minha Divina Misericóridia da Com. Nossa Senhora de Fátima. A novena acontecerá todos os dias às 15h na Matriz até o dia da Festa da Misericórdia (Segundo Domingo da Páscoa).

Às 15h, celebramos a Paixão de Jesus, na Matriz, na Com. São Cristóvão e na Com. Santo Antônio. Na Matriz, a celebração foi presidida pelo nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf que entrou no templo em silêncio. Em seguida, fez um momento de reverência ao altar.

Concluídas as leituras, e a proclamação do evangelho de forma dialogada, Pe. Laurindo assim refletiu, após uma breve pausa pela forte chuva que começou a cair neste momento:

“Contemplando o barulho da chuva, contemplando as imagens, as cenas, que nós temos dentro da nossa igreja. O altar que se encontra despido. Este sinal de silêncio, que nós chegamos no início desta celebração. Silêncio, que marca também profundamente esse dia de penitência, esse dia de abstinência, este dia de jejum. Falar dessas imagens que não nos remete tanto à alegria, à festa. Mas nos remete à cruz, ao sofrimento, à dor, à Paixão de Jesus. E nós podemos tirar muitas coisas, a partir da leitura do Profeta Isaías. Essa imagem do Servo Sofredor. Ela muito bem traduz aquilo que compreendemos como a própria pessoa de Jesus. ‘Meu servo será bem sucedido. Sua ascensão será ao mais alto grau.’ E aqui, remete ao amor; ao amor com  que este servo de Deus, servo do Senhor, que vive e dedica a sua vida. A sua ascensão será exatamente por causa das marcas do pecado do mundo que ele carrega em seu corpo, que ele carrega em seu rosto. E essa imagem, que nos fala o Profeta Isaías, deste servo que muitos ficam pasmados ao vê-lo tão desfigurado, que nem tem aparência de homem ou de ser humano. Essa imagem de Jesus. Essa imagem sempre nos remete ao pecado do mundo. O pecado que desfigura o rosto humano. O pecado que desfigura o ser humano da imagem que Deus assim o criou, à sua imagem e semelhança. O pecado que desfigura e impede o homem de viver verdadeiramente em dignidade.”

Estas pessoas que sofrem a exemplo de Cristo Jesus, de fato, são pessoas como Cristo Jesus, destituídas de beleza, de boa aparência. O mundo que vive de aparência, o mundo que vive de beleza, de moda, de plástica, às vezes é incapaz de acolher este servo de Deus, este servo do Senhor. Esta imagem como imagem muito provocadora, porque nos convida a olhar não a aparência, mas no convida a olhar a essência, o testemunho, as obras, a fidelidade, o que cada um carrega no coração. E este servo carrega. Não é qualquer servo. É o servo do Senhor. É aquele que faz a vontade do Senhor. Aquilo que nós vamos compreender na pessoa de Jesus. Eu vim para fazer a vontade do Senhor, realizar a sua obra. Nos diz ainda o profeta: ‘a verdade que ele tomava sobre si as nossas enfermidades e sofria ele mesmo nossas dores. Foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes.’ Então a Paixão de Jesus que hoje celebramos é o início da nossa caminhada para a Páscoa. Os mistérios da vida de Jesus. Morte e ressurreição. Nesta celebração começamos verdadeiramente nosso caminhar para a Páscoa.”

Nesta santa celebração da Paixão, pedir a graça do testemunho, do amor, que nos faça sensíveis à vida dos injustiçados, à vida dos sofredores, à vida daqueles que não tem vez, não tem voz, à vida daqueles que não tem advogados para os defender. O Deus da vida, por quem Jesus se entregou, a morrer na cruz,  nos faça sensíveis, nos faça abertos, corajosos para dar testemunho daquele que nós seguimos em meio às diversidades, em meio às falsidades, em meio a tantos insultos e violências.”

Em seguida, aconteceu a oração por toda a humanidade e  o rito da Comunhão. Após a comunhão, consagrada no dia anterior, pois não temos a Santa Missa na Sexta-feira da Paixão, Pe. Laurindo entrou com a cruz para que todos os fiéis presentes pudessem realizar seu gesto de adoração a Jesus Crucificado.

 

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Cristiana Nunes / PasCom Sagrada Família