Pe. Herbert: “Deus, em sua misericórdia, continua nos amando”.

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Pe. Herbert: “Deus, em sua misericórdia, continua nos amando”.

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Na terça-feira da Semana Santa, 04 de abril de 2023, houve atendimento de confissões nas Comunidades São Paulo, São Cristóvão e Santo Antônio. À noite, na Matriz, aconteceu a Santa Missa presidida pelo vigário Pe. Herbert, msf. Os adolescentes e tios do EAC – Encontro de Adolescentes com Cristo marcaram forte presença.

Pe. Herbert assim refletiu em sua homilia:

“Nestes dias da Semana Santa, ouvimos falar dos homens que acompanhavam Jesus no seu caminho. E ontem, ouvimos falar de Maria, irmã de Marta e Lázaro, que mostra todo seu amor a Jesus lavando com óleo de nardo os pés de Jesus. E hoje ouvimos falar de dois amigos íntimos de Jesus: de Judas e de Pedro. Ambos foram chamados por Jesus. Ambos faziam parte do círculo mais íntimo de amigos. Pedro tinha um caráter problemático. Deixou-se facilmente entusiasmar,  e tão ligeiramente também, se tornou inseguro. Num momento ele era bastante corajoso, e no outro momento, bastante angustiado. Esta inconstância o conduz finalmente à traição. “

Judas, da sua parte, a segunda pessoa da qual ouvimos falar hoje, era provavelmente o cara com cabeça quente. Queria custe o que custar expulsar os romanos do país, se for necessário, até com violência. E Jesus se torna passo a passo estranho. E assim, Judas o vende por 30 moedas de prata. Também ele se torna um traidor. Interessante como Jesus reage às essas traições. Ele fala, de repente, da glória de Deus, uma palavra estranha neste contexto. Isso só conseguimos entender se conhecermos o pano de fundo do Antigo Testamento, para esta expressão. Lá no Antigo Testamento, glória é sempre um momento onde Deus se torna presente. Por exemplo, quando os Dez Mandamentos foram entregues ao povo no Monte Sinai, aí também aparece esta glória. Glória significa então: agora Deus está presente. E neste momento em que Jesus está sendo traído, por dois de seus amigos, surge o próprio Deus. Ele capacita Jesus a agir de forma diferente da maneira como pessoas humanas iriam reagir. Não com exclusão, mas sim, com amor. Jesus acolhe, ambos, Pedro e Judas, com amor. Mesmo tendo o traído.”

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“Da mesma forma que Jesus acolhe o sofrimento e o transforma, devido a isso se torna a glória de Deus e mostra quem Deus é. Deus se manifesta na sua glória seja no momento da cruz, da morte de Cristo. Alguém que jamais para de amar. Nós também nos envolvemos, às vezes, nas situações que traímos coisas importantes e talvez até pessoas. Onde sentimos, quebrei alguma coisa, talvez um relacionamento, ou algo diferente. Então encontramos sempre diante de duas possibilidades. Da possibilidade que Pedro escolheu ou da possibilidade de Judas. Judas desespera devido a sua culpa e se suicidou. Pedro chora amargamente. E muda de vida. São Bento aconselha: ‘Jamais duvidar da misericórdia de Deus.’ Jamais devíamos duvidar da misericórdia de Deus. Se nos envolvermos em situações que nos tornamos culpados, então é importante orientarmos em Pedro. Quem sabe, também precisamos chorar amargamente. Mas jamais precisamos duvidar da misericórdia de Deus. Pois Deus nos ama também quando cometemos faltas. Deus, em sua misericórdia, continua nos amando. E por isso, podemos sempre de novo regressar. E precisamos mesmo cometendo faltas, faltas graves também, jamais é motivo para desesperar.”

Ao fim da celebração eucarística, Pe. Herbert avisou sobre a Celebração Penitencial, que irá acontecer na Matriz às 19h, na Quarta-feira Santa, seguida da procissão do encontro.

Os fiéis permaneceram na Matriz, com cantos e orações, aguardando a chegada da imagem de Nosso Senhor dos Passos. A procissão da Catedral com a imagem de Nosso Senhor dos Passos chegou até a Matriz Sagrada Família conduzida pelo Padre Álvaro. Rezou-se a última estação da via-sacra. Os fiéis adentraram na igreja e permaneceram em oração até o momento da bênção final pelo Pe. Álvaro.

 

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Foto: Abdias Lacerda / PasCom Sagrada Família