A comunidade paroquial se reuniu na manhã do domingo, dia 1º de julho de 2018, para celebrar a Missa com o Sertanejo na Matriz Sagrada Família. Vários cavaleiros estiveram presentes.

A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Laurindo msf e concelebrada pelo Pe. Genivaldo, msf. O Ministério de Música Santa Teresa D’Ávila animou a celebração. Pe. Laurindo acolheu a toda assembleia neste dia especial.

Crianças com trajes sertanejos entraram com a Palavra de Deus. Após Pe. Genivaldo proclamar o santo evangelho da Solenidade de São Pedro e São Paulo, nosso pároco Pe. Laurindo fez uma bela reflexão. Veja alguns pontos:

“Queridos irmãos e irmãs, sertanejos e sertanejas, aqui estamos reunidos neste dia de graça, dia de bênção. A vida do sertanejo comunica para nós a paz.”

“O sertanejo é um homem tradicional. Tradicional não é ultrapassado. Tradicional é quem conserva a essência da tradição: os valores e os costumes. Por isso que retornamos a fonte. Para nos conhecer, para nos alimentar, para não perder aquilo que de fato nos assemelha a Deus. Deus que é simples.”

“O sertanejo tem o coração agradecido. Deus me deu a graça de ter, Deus me deu a graça de trabalhar, Deus me deu esta família maravilhosa. A gratidão é uma virtude que podemos aprender com o sertanejo.”

“Olhando os cavalos nos lembramos dos caminhos, das trilhas, onde recordamos a luta, a vida do nosso povo. O burro, o jumento, faziam a conexão com os vizinhos, com as cidades. Os primeiros padres que aqui chegaram ainda andaram a cavalo. Há pouco tempo celebrávamos 50 anos do Pe. Ramiro. As comunidades que atendemos hoje como Brejo do Amparo e Cônego Marinho, Pe. Ramiro usou muito os animais como transporte para cumprir a missão.”

“Neste tempo, gastava um dia ou dois dias para chegar em uma comunidade. Esta vida que acontecia de maneira mais devagar, nos permitia cultivar relações fraternas, nos permitia conhecer cada um. É um lado positivo. Hoje andamos com os carros com vidros escuros. Ninguém te vê, ninguém te reconhece. Nós ficamos como hoje no evangelho: ‘O que as pessoas dizem quem eu sou?’, a pergunta que Jesus fez aos discípulos. Uns dizem que é Elias, outros que é Jeremias, outros que são os profetas. Quer dizer, nós falamos de algo que não é verdade.”

“Para falarmos a verdade exige de nós olhar nos olhos, acolher, participar da vida do outro, ver o chão que o outro pisa. O que vai me ajudar a perseverar no seguimento a Jesus é a resposta pessoal ao chamado que Ele nos fez. Isso vai fazer toda a diferença.”

“O discípulo não é aquele que vai a frente, mas aquele que vai atrás. Aquele que reconhece que Jesus jamais deixará de ser mestre.”

“Escutar a voz de Deus é tomar decisão. Pedro foi o primeiro a professar a fé e é sinal hoje de unidade para nossa Igreja.  Paulo é sinal para nossa Igreja de grande missionário. Colocou em prática aquilo que Jesus pregava, de levar a boa notícia até os confins do mundo. Paulo e Pedro, por amor a Jesus, foram martirizados.”

“Neste dia peçamos a Deus que nos enriqueça sempre mais com sua bondade, com sua graça, com seu amor, com sua presença. Para que olhando para esta vida simples, acolhedora, do homem sertanejo, da mulher sertaneja, para que olhando para a vida que está a nossa volta, olhando para as coisas sensíveis, possamos cultivar o amor, cultivar nosso seguimento a Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Os cavaleiros participaram do momento do ofertório. Antes do fim da Santa Missa, Pe. Laurindo conduziu um belo momento mariano, uma homenagem do povo sertanejo a mãe de Jesus.

Após a Missa, Pe. Laurindo abençoou os cavaleiros que passaram com seus animais em frente a Matriz.

A cavalgada seguiu pelas ruas da cidade de Januária até a fazenda Limeira, onde aconteceu leilão de animais. Os presentes na fazenda viveram momentos de alegria e confraternização.

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família
Foto Matéria: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família
Foto 1: Gabriel Guedes / PasCom Sagrada Família
Foto 2: Marli Mota / Festeiros 2018